O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em rede nacional no domingo 6 para alertar sobre a vacinação contra a poliomielite. O recado foi direcionado aos pais e responsáveis. O ministro pediu que eles vacinem as crianças para manter o país livre da doença.
O ministro reforçou que a taxa de vacinação do público-alvo — crianças abaixo de cinco anos — está abaixo de 70%, enquanto a meta é imunizar 95% desse grupo, cerca de 14 milhões de crianças.
Na terça-feira 1º, o Ministério da Saúde lançou um plano com o objetivo de unir esforços da União, dos Estados e dos municípios no combate à doença. “As coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil, situação agravada com a pandemia da covid-19”, disse o ministro, que apontou que doença está erradicada nas Américas há 32 anos. “Corremos o risco de perder essa importante conquista”, afirmou.
Queiroga citou Paraíba e Amapá como exemplos na cobertura vacinal, que já imunizaram mais de 90% do público-alvo.
O ministério realizou uma campanha para ampliar vacinação contra a pólio de 7 de agosto a 30 de setembro, iniciativa que precisou ser prorrogado por causa da baixa adesão. Em setembro, a pasta anunciou que quase 60% dos municípios brasileiros apresentam alto risco para a reintrodução do vírus.
Nas eleições, discurso foi barrado
Durante a disputa eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impediu o Ministério da Saúde de transmitir em cadeia nacional de rádio e televisão uma campanha para incentivar a vacinação de crianças contra a poliomielite.
Na decisão divulgada no começo de outubro, o ministro Alexandre de Moraes disse que embora o pronunciamento seja educativo sobre a importância da vacinação, não há gravidade e urgência para justificar a aparição de Queiroga em cadeia nacional durante as eleições.
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