Nova onda de Covid pode ter atingido ponto máximo, diz secretário de Saúde de PE

Folha do Araripe

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Após a primeira reunião temática com a equipe de transição da governadora eleita Raquel Lyra (PSDB), nesta quinta (1º), o atual secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, disse que o estado pode ter atingido o ponto máximo da nova onda de Covid-19. Ela foi provocada pela BQ.1, subvariante da ômicron.

Longo falou sobre a possibilidade de o estado ter chegado ao platô. Esse é o ponto em que o número de infecções está no máximo, mas a taxa de transmissão começa a perder intensidade.

Esse momento da pandemia precede uma diminuição no número de casos da doença. Nesta quinta, Pernambuco registrou 1.498 novos casos de Covid-19.

No encontro com a vice-governadora eleita Priscila Krause (Cidadania), coordenadora da transição, Longo destacou que, há quatro semanas, Pernambuco apresenta aumentos na taxa de positividade nos testes de detecção do coronavírus.

“Nós acreditamos, a partir de dados que temos esta semana, que a gente está chegando ao platô desta onda. Foi assim em outros países onde a BQ.1 se instalou. Ela durou de quatro a seis semanas e depois começou a diminuir o número de casos”, afirmou o secretário.

A reunião foi a primeira para debater um dos três temas apontados como prioritários pela nova gestão: a Covid-19, a educação e o Carnaval de 2023.

Segundo Longo, o estado tem hoje cerca de 300 mil testes em estoque, além dos que já foram distribuídos para municípios e unidades estaduais de saúde. Em relação aos imunizantes, ele criticou o governo federal por não enviar mais doses destinadas a crianças. No Recife, por exemplo, a vacinação na faixa etária de 3 e 4 anos está suspensa.

“Nós estamos vivendo, hoje, uma dificuldade para vacinar crianças. E preciso ficar claro que todas as vacinas que chegam são distribuídas aos municípios. Mas o governo federal não comprou vacinas suficientes para atender a essas crianças”, afirmou o secretário.

Ele também indicou que o novo governo deve enfrentar demandas reprimidas pela pandemia nas áreas de diagnósticos e tratamentos.

“A partir do momento em que você teve que se dedicar muito fortemente ao enfrentamento da Covid, você tem hoje alguns gargalos que se intensificaram”, declarou.

egundo Priscila Krause, as equipes técnicas do governo atual e da nova gestão vão continuar conversando nas próximas semanas para garantir a continuidade dos serviços de saúde para que a população não fique desassistida.

A vice-governadora eleita disse que ainda é cedo para avaliar como o futuro governo assumirá a área de saúde.

No entanto, afirmou que o aumento no número de casos de Covid-19 é uma preocupação que precisa ser monitorado.

Ela também foi questionada sobre um possível avanço do vírus durante o Carnaval do próximo ano. “É uma preocupação que anda junto, toda a aglomeração. A gente tem a preocupação agora de fim de ano”, afirmou.

Segundo Priscila Krause, é preciso acompanhar como o vírus vai se comportar daqui até o período do Carnaval, que começa no dia 18 de fevereiro de 2023.

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