SINPOL-PE se posiciona sobre o caso da Policial Civil punida pela SDS

Folha do Araripe

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O SINPOL-PE vem a público para falar sobre a punição da Secretaria de Defesa Social (SDS) dada a Policial Civil, Ruana Pedrosa, após a mesma ter feito uma publicação em uma rede social usando farda da corporação, distintivo e armas.

Por meio de uma portaria publicada nesta terça (6), a agente recebeu uma pena disciplinar de suspensão de 14 dias por condutas como divulgar, segundo o documento, “fatos ocorridos na repartição”, negligência no cumprimento dos seus deveres e por dar conhecimento ao público de “informações sobre investigações e serviços de interesse policial”.

A punição foi convertida em multa de 50% por dia de vencimento ou remuneração, obrigando a servidora a permanecer no serviço.

Na portaria assinada pelo secretário Humberto Freire, a SDS alega que alguns dos vídeos de Ruanda “possivelmente” foram produzidos “em recintos de unidades da Polícia Civil de Pernambuco durante o expediente”.

Para o Presidente do SINPOL-PE, Rafael Cavalcanti, essa punição da agente de Polícia publicada pela SDS é no mínimo, extremamente exagerada e mostra uma característica persecutória, que permeou a Corregedoria ao longo desses oito anos do Governo Paulo Câmara. Buscando perseguir servidores questões pequenas ao invés de cumprir uma tarefa socialmente mais relevante, a de buscar investigar e punir Policiais que de fato transgridam normas e causem danos à sociedade pelo uso indevido da função policial.

“É uma excrescência a punição. A gente entende que há restrições por uma necessidade de preservação da Instituição, mas no caso de Ruana não houve nenhum uso das insígnias ou superexposição da Polícia Civil de uma forma degradante ou que venha depreciar a imagem da Corporação. A nosso ver é mais um ato ditatorial da Corregedoria em relação ao Servidor, mais uma vez de uma forma extremamente injusta e desnecessária”, aponta Rafael Cavalcanti.

Ainda de acordo com o Presidente do SINPOL-PE, há uma sucessão de posturas de perseguição contra os servidores, inclusive com posturas antidemocráticas.

“Queremos crer que não há sexismo na postura da Corregedoria nessa caso específico, mas juntando-se à sucessão de perseguições de posturas antidemocráticas contra Movimentos Sindicais e a servidores exemplares por questões de mera conduta, usando a Corregedoria como ferramenta de fiscalização de questões menores, ao invés de buscar investigar e punir os Policiais que realmente desonram as instituições com cometimento de crimes e que causam danos irreparáveis à sociedade”, afirma Rafael Cavalcanti.

“Ruana é uma servidora exemplar, com muitos elogios na ficha dela e com um trabalho investigativo reconhecido pela própria Instituição. O Sindicato continuará prestando toda assistência Jurídica até as últimas instâncias inclusive, podendo judicializar a questão para defender a Servidora”, finaliza o Presidente do SINPOL-PE.

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