Manifestação encaminhada à Suprema Corte diz que assunto tem natureza “interna corporis” e deve ser analisada por Conselho de Ética da Casa
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou, neste sábado (28), contra a suspensão da posse de 11 deputados federais que teriam, em suas redes sociais, supostamente incitado a invasão de manifestantes bolsonaristas às sedes da República em 8 de janeiro.
O parecer, anexado no inquérito aberto sobre o caso que tem como relator o ministro do STF Alexandre de Moraes, é assinado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos. Nele, o membro do Ministério Público Federal argumenta que, desde a expedição do diploma de deputado (que ocorreu no ano passado), os envolvidos já estão dotados de suas prerrogativas.
Por isso, de acordo com o subprocurador, o caso seria assunto “interna corporis”, devendo ser analisada pelo Conselho de Ética da Câmara.
“Inexistindo, até o presente momento, elementos que indiquem que os Deputados apontados na petição tenham concorrido, ainda que por incitação, para os crimes executados no dia 08 de janeiro de 2023″, conclui o procurador, “não há justa causa para a instauração de inquérito ou para a inclusão, a princípio, dos Parlamentares nos procedimentos investigatórios já instaurados para apurar a autoria dos atos atentatórios ao Estado Democrático de Direito.”
Faça um comentário