O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu, nesta quarta-feira (8), a autonomia do Banco Central. A declaração se dá em meio aos embates entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre a manutenção da atual taxa de juros.
“Considero que é um avanço. É uma autonomia que afasta critérios políticos de algo que tem um aspecto técnico muito forte, que é o Banco Central. Vamos buscar cuidar das questões do país e enfrentar os problemas dentro dessa realidade que existe, essa autonomia do BC”, disse.
Pacheco acrescenta que, após a aprovação da autonomia pelo Congresso Nacional, em 2021, defendeu a constitucionalidade da medida a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), contra ações judiciais que questionavam a validade da lei. O senador também diz que buscará criar “pontes” entre Lula e Campos Neto e fez elogios a ambos.
“O presidente do Banco Central é um homem preparado, de muito bom trato. O presidente Lula está muito determinado em enfrentar o problema de fome, miséria, de conferir estabilidade ao Brasil. Então são todos homens de boa intenção, e quando homens de boa intenção se reúnem, os problemas se resolvem”, afirmou.
Aprovada no governo Jair Bolsonaro e criticada por setores da esquerda, a autonomia do Banco Central confere mandato fixo ao presidente da instituição. Roberto Campos Neto, que foi nomeado por Bolsonaro, ficará no cargo até 31 de dezembro de 2024. Depois, o atual governo poderá indicar o sucessor, que terá mais 4 anos de mandato.
O TEMPO
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