Mendonça apresenta projeto para proibir concessão de TV e Rádio para partidos políticos

Folha do Araripe

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Numa reação à tentativa do PT de criar uma TV do partido e emissoras de rádio petistas, o deputado federal Mendonça Filho (UB) apresentou, hoje, o Projeto de Lei 3002/2023 para proibir partidos políticos de serem concessionários de serviços de radiodifusão.

“Partido político nenhum tem de ter emissora de TV e Rádio. Querer concessão pública de TV e Rádio para fazer doutrinação e proselitismo político com dinheiro público do fundo partidário é um escarnio”, criticou Mendonça, defendendo que o acesso partidário à radiodifusão seja limitado ao uso da propaganda partidária, obedecendo a Legislação Eleitoral.

No início deste mês, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, pediu ao Ministério das Comunicações autorização do Governo Lula para criar um canal de TV aberta, a TV do PT, e emissoras de rádio petistas, com o objetivo de promover uma “verdadeira pedagogia de participação político-partidária”.

“A veia autoritária do PT não tem limites. Não bastasse querer censurar o que o cidadão diz nas redes sociais, o PT agora quer ter emissoras de TV e de rádios para fazer política partidária com dinheiro público”, afirmou. O PL 3002/2023, de sua autoria, altera o art. 38 do Código Brasileiro de Telecomunicações para proibir partidos políticos e seus institutos ou fundações de pesquisa e de doutrinação e educação política de participação da licitação ou receber outorga de concessão de serviços de radiodifusão.

Segundo Mendonça, a concessão de serviços de radiodifusão a partidos políticos desvirtua o objetivo da concessão de serviços de radiodifusão sob todos os ângulos. Da Lei Geral de Telecomunicações, que estabelece o uso de concessões de Rádio e TV para interesse público, aos princípios constitucionais que preveem produção e programação das emissoras de rádio e televisão com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas, promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente para regionalização.

“Não bastasse ignorar princípios legais, o PT fere questões éticas ao misturar o interesse público da sociedade, com o privado do partido, desrespeitar o equilíbrio da representatividade político-partidária. Além de reafirmar o descompromisso com o bom uso do dinheiro do povo”, afirmou Mendonça.

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