O prefeito afastado de Capivari de Baixo, a cerca de 137 quilômetros de Florianópolis, renunciou ao cargo ontem, meses após ser preso em uma operação que apura um esquema ilegal no setor de coleta e destinação do lixo em municípios do estado.
O que aconteceu:
Vicente Corrêa Costa (PL), que é médico pediatra, comunicou a sua renúncia à Câmara dos Deputados através de seu advogado no fim da tarde de ontem. O decreto com a declaração de renúncia deverá ser publicado no diário oficial do município.
No texto, o político alega que se sentia uma “figura fantasmagórica assombrando os legisladores e o Paço Municipal”, segundo nota da Câmara, e resume os quase três anos que esteve à frente da gestão. Vicente já passa por um processo de impeachment na Casa, que está em sua fase final. Ele deve ficar inelegível por oito anos, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, porque renunciou durante um processo de apuração.
O homem foi detido em 2 de fevereiro na Operação Mensageiro e está preso até hoje em Criciúma. Em abril, ele virou réu na investigação que apura fraudes e corrupção em contratos de coleta e destinação de lixo em diversos municípios do estado. Ao todo, 16 prefeitos, vice-prefeitos e funcionários das prefeituras foram detidos por suspeita de atuação no esquema.
Em 22 de junho, o advogado do ex-gestor, Eduardo Faustina da Rosa, pediu a revogação da prisão do cliente ao TJ-SC (Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina), sob promessa de renunciar ao cargo até 48 horas após a liberação, mas a solicitação foi negada. A defesa alega que o ex-prefeito é réu primário e os crimes apontados não são de grave ameaça ou violência.
O mandato de Vicente foi extinto após a renúncia e, com a perda do cargo, a vice-prefeita Márcia Roberg Cargnin (PP), assumiu a titularidade. Ela estava atuando na função desde o início de fevereiro.
Fonte: UOL
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