A governadora Raquel Lyra mantém segredo sobre a reforma administrativa que está disposta a fazer para iniciar o seu segundo ano de mandato mas uma coisa já deixou vazar: o desmembramento das secretarias de “Justiça e Direitos Humanos” e de “Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e às Drogas”. Informações de bastidores do Governo dão conta de que outras pastas podem sofrer mudanças não na estrutura mas no comando para tornar a máquina mais eficiente e acomodar partidos que fazem parte da bancada do Governo e de outros que estão chegando.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos será dividida em duas para a criação da Secretaria do Sistema Penitenciário. A de Desenvolvimento Social passará por uma reestruturação para dar mais realce à área de assistência social. Um dos programas vitrine da atual gestão, o “Mães de Pernambuco”, ainda não saiu do papel por falta de destinação orçamentária, o que deve acontecer em 2024. Este programa será uma espécie de “bolsa família” estadual destinando mensalmente um valor a ser fixado para as mães carentes que sustentam sozinhas suas famílias. O Mães de Pernambuco deve ser uma vitrine da nova pasta.
– “Raquel entende que a segurança da população depende de duas vertentes: a área de combate à violência em si e a área de assistência social e combate à pobreza. Ela vai dar realce às duas e está se preparando para isso”- disse a este blog uma fonte do Governo. Não à-toa, como adiantamos, recentemente, a proposta orçamentária enviada para a Assembléia pela governadora, e que se encontra em análise, destina a maior parte dos recursos para a área social. Por coincidência, as duas secretarias que passarão por reestruturação estão, no momento, sem titulares. A secretária de Justiça, Lucinha Mota, pediu exoneração para assumir mandato de vereadora em Petrolina, e a de Desenvolvimento Social, Carolina Cabral, foi transferida, há poucos dias, para a Secretaria de Projetos Estratégicos. No momento respondem pelas pastas dois secretários executivos.
LOA em debate
Esta semana começa com o início da apreciação, pelos deputados estaduais, da Lei Orçamentária Anual, enviada pela governadora à Alepe que vai definir as linhas, prioridades e a repartição de recursos do Orçamento de 2024. Muitas emendas estão em elaboração pelos gabinetes, sobretudo os de oposição. Apesar da reunião que foi feita na qual a própria Raquel deu explicações detalhadas aos parlamentares sobre o que pretende realizar no próximo ano, isso não arrefeceu a idéia de propor mudanças na peça enviada pelo Executivo.
Brack Friday
A Assembléia Legislativa realizará esta segunda-feira às 9 horas uma audiência pública com debate e esclarecimento sobre os direitos do consumidor. A iniciativa é do deputado João Paulo Silva, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor. O motivo principal é a black friday que começa dia 24 e vem sempre com a promessa de descontos em mercadorias e serviços que, nem sempre, correspondem à realidade. Segundo João Paulo “o que se deseja é garantir que os consumidores pernambucanos não sejam vítimas de fraudes”.
Armando no Podemos
Partido que perdeu seu representante na Câmara Federal – o ex-deputado Ricardo Teobaldo não conseguiu se reeleger em 2022 – o Podemos foi escolhido pelo ex-senador Armando Monteiro para fazer sua nova filiação, após deixar o PSDB, da governadora Raquel Lyra e com qual não conseguiu se entender desde que ela tomou posse. Com muitos seguidores, sobretudo na área política, Armando pode ajudar o partido a crescer em 2024 para se preparar para as eleições de 2026. Há possibilidade dele tentar mais uma vez um cargo executivo mas o mais provável é que se candidate a deputado federal.
Pergunta que não quer calar: por que Armando não continuou o PSDB para assumir o partido com saída da governadora, como se pressupunha?
Fonte: blogdellas.com.br
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