O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fará um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para viajar para Israel para se encontrar com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. A solicitação, confirmada pela defesa do ex-mandatário, acontece após o ministro do STF Alexandre de Moraes concluir que não há indícios de que o político buscou asilo ou tentou fugir do Brasil ao passar dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, em fevereiro.
O passaporte de Bolsonaro está apreendido por determinação do magistrado, no âmbito de investigação sobre supostas investidas antidemocráticas para tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Esta será a segunda vez que Bolsonaro pedirá autorização para viajar a Israel. No fim de março, Moraes negou a devolução do passaporte do ex-presidente afirmando que a retenção permanecia sendo “necessária e adequada”. A decisão de Moraes seguiu o entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou contrária à restituição do documento.
Na ocasião, ao justificar a intenção de viajar para Israel, Bolsonaro afirmou que recebeu um convite do próprio primeiro-ministro do país, que no momento enfrenta uma guerra na Faixa de Gaza.
— Recebi uma carta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que por acaso é capitão do Exército também, me convidando para visitar o seu país para que eu vá naquela região do conflito. Ou melhor, do massacre, da covardia, a região do terrorismo praticado pelo Hamas contra Israel — discurso Bolsonaro, durante um evento em Salvador.
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