Oposição venezuelana toma as ruas de Caracas em protesto contra Maduro

Folha do Araripe

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Quase três semanas após Nicolás Maduro ter sido proclamado vencedor em uma eleição marcada por falta de transparência e acusações de fraude, milhares de seguidores da oposição foram às ruas de várias cidades da Venezuela neste sábado (17), para rejeitar o resultado divulgado pelas autoridades, vinculadas ao chavismo, e reivindicar a vitória de Edmundo González Urrutia. Para contrapor os movimentos, o regime chavista também convocou apoiadores às ruas.

Na Avenida Francisco Miranda, uma das mais movimentadas e amplas de Caracas, manifestantes começaram a se reunir desde cedo para esperar a líder da oposição, María Corina Machado, que se juntou à manifestação mais tarde, rompendo um intervalo de mais de duas semanas sem aparecer em público, temendo pela sua segurança.

“Não vamos deixar as ruas!”, advertiu Corina Machado, que estava acompanhada de outros dirigentes opositores e segurava uma bandeira da Venezuela. “Este é o momento de cobrar, e o que significa cobrar? Significa que cada voto seja respeitado, não há nada que esteja acima da voz do soberano, e o soberano falou na Venezuela.”

“Que o mundo e todos dentro da Venezuela reconheçam que o presidente eleito é Edmundo González”, enfatizou enquanto era ovacionada pelos manifestantes.

O candidato González Urrutia, que não é visto em público desde 30 de julho, não participou do protesto. Assim como Corina Machado, ele está escondido desde que as autoridades venezuelanas, sob o controle chavista, iniciaram uma investigação criminal contra ambos por “instigação à rebelião”, entre outras acusações, após solicitarem aos militares e policiais que retirassem seu apoio ao presidente Maduro.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, González Urrutia disse que as manifestações deste sábado “são uma força que fará respeitar a decisão de mudança”. “Temos os votos, temos os registros, temos o apoio da comunidade internacional e temos os venezuelanos decididos a lutar por nosso país”, acrescentou.

Do Estadão

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