Lula admite erro de comunicação e dificuldade da esquerda em atuar nas redes sociais

Folha do Araripe

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“Durante evento do PT, Lula disse que a esquerda tem dificuldade em dialogar com o eleitorado nas redes sociais e cobrou das lideranças que atuem de forma mais estratégica”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta sexta-feira (6), durante evento do PT, que a esquerda tem dificuldade em dialogar com o eleitorado nas redes sociais e cobrou das lideranças que atuem de forma mais estratégica, algo que a extrema-direita estaria fazendo de maneira mais eficiente.

seminário nacional do PT começou na quinta-feira (5) e termina neste sábado (7). O resultado nas eleições municipais e o arrefecimento na relação do governo Lula com o mercado financeiro embalaram os discursos da cúpula do partido.

Discursando por videoconferência, já que o presidente estava em São Paulo depois de viagem ao Uruguai para a Cúpula do Mercosul, Lula disse que “o PT tem culpa” por não ser mais efetivo na comunicação.

“O meu governo tem culpa porque a gente não pode permitir, em nenhum momento, que alguém que pense como pensa a extrema-direita no nosso país tenha mais espaço nas redes sociais do que nós, tenha mais informações na internet do que nós e consiga projetar as suas maldades menos do que a gente consegue projetar as bondades que nós fazemos”, disse Lula.

“Não temos uma digitalização, eu diria do PT, que pense como cabeça, tronco e membros, falando a mesma linguagem durante todo o dia. É uma coisa que vamos ter que levar em conta para resolver nesses dois anos que faltam para terminar o meu governo”, prosseguiu o presidente.

O petista comentou ainda que há uma falha de comunicação no governo e reconheceu que o governo e o PT não estão organizados para utilizar a internet para divulgar as ações realizadas durante o seu mandato. Lula se comprometeu, por exemplo, a conceder mais entrevistas para mostrar os feitos do seu governo.

Além disso, Lula reconheceu que a esquerda precisa se reaproximar da população mais vulnerável, o que sempre a diferenciou das demais correntes políticas.

“Se a gente não discutir política dentro da fábrica, do comércio, no bairro, se a gente aparecer nos bairros apenas de quatro em quatro anos para pedir voto, nós estaremos sendo igual a qualquer partido nesse país. Nós não nascemos para ser igual, nascemos para sermos diferentes”, concluiu.

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