São Paulo, 30 de março de 2025 – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) não perderam a oportunidade de criticar a manifestação organizada pelo deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) na Avenida Paulista. O ato, que ocorreu neste domingo, foi visto como uma tentativa de resposta ao protesto massivo promovido por Bolsonaro em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último dia 16 de março.
Bolsonaro, conhecido por seu estilo provocador, utilizou suas redes sociais para zombar da mobilização liderada por Boulos, que segundo estimativas, não conseguiu atrair um número significativo de apoiadores. A ironia ficou evidente em um vídeo que o ex-presidente publicou, onde ele fez referência à estimativa da Universidade de São Paulo (USP), que havia calculado a presença de 18,3 mil pessoas em seu próprio protesto.
“Segundo a USP e a rede globo, a manifestação do PT contra a anistia dos presos políticos do 8 de janeiro tem 5 bilhões de pessoas!” declarou Bolsonaro, em evidente tom de deboche, ressaltando a discrepância entre os números apresentados nas duas mobilizações.
Nikolas Ferreira também entrou na onda de ironias, utilizando a plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter) para alfinetar a manifestação de Boulos. Ele compartilhou uma imagem do evento e acrescentou comentários sarcásticos que reforçaram a percepção de que o ato foi esvaziado.
A manifestação de Boulos visava protestar contra a possível anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, um tema polêmico que tem gerado intensos debates na política brasileira. No entanto, a falta de apoio popular observada no ato levantou questionamentos sobre a eficácia da mobilização e o apelo de Boulos junto à sua base de apoio.
Com a polarização política no Brasil em alta, episódios como este revelam o clima tenso e competitivo entre os diferentes grupos políticos, cada um buscando reafirmar sua influência e presença nas ruas. A dinâmica entre os protestos de Bolsonaro e Boulos reflete não apenas a luta por visibilidade, mas também a contínua divisão no eleitorado brasileiro.
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