
Insatisfeitos com o governo Lula, lideranças do MST promete realizar nas próximas semanas a maior jornada dos últimos anos
Por CNN
O Movimento Sem Terra (MST) iniciou as ações que marcam o início do “Abril Vermelho”, mês em que o movimento amplia as ocupações de terras em todo o país.
Até agora, de acordo com o MST, duas ‘ocupações’ já foram confirmadas: uma em Minas Gerais e outra em Pernambuco.
No estado mineiro, mais de 600 famílias ‘ocuparam’ uma área da Fazenda Rancho Grande, às margens da BR-116, no município de Frei Inocêncio, no Vale do Rio Doce.
No local, integrantes do movimento reivindicam a desapropriação na área como medida para a reforma agrária. Em nota, o grupo declarou que “a ocupação é um ato constitucional”.
O protesto ocorre dias após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, subir o tom contra o MST. No início da semana, pelas redes sociais, o chefe do executivo mineiro afirmou que não dará espaço para ocupações e que sua gestão atuará de forma vigilante para dar “apoio a quem produz e trabalha”.
Já em Pernambuco, cerca de 800 famílias ‘ocuparam’ as terras da Usina Santa Teresa, localizada no município de Goiana, na Zona da Mata. De acordo com Jaime Amorim, coordenador do MST no estado, o local é marcado por conflitos por terra.
O governo federal segue pressionado pelo movimento, que historicamente compõe a base de apoio aos petistas. A cobrança é por um avanço mais célere de medidas prometidas durante a campanha eleitoral de 2022 em relação à reforma agrária.
Nos bastidores, integrantes do movimento demonstram insatisfação com o trabalho do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
Em um gesto realizado às vésperas do Abril Vermelho, o presidente Lula visitou um acampamento do MST e anunciou a reserva de R$ 520 milhões no orçamento para a aquisição de imóveis, o que deve beneficiar 73 mil famílias.
Apesar no anúncio, o grupo promete realizar nas próximas semanas “a maior jornada dos últimos anos”. A expectativa é de que 60 ações ocorram até 17 de abril, entre ocupações e protestos.
Fonte: CNN
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