
Na tarde desta segunda-feira, 21 de julho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou à imprensa a tornozeleira eletrônica que foi instalada em sua perna esquerda em cumprimento a uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O dispositivo foi colocado na última sexta-feira, 18 de julho, e marca um momento significativo na trajetória política do ex-mandatário.
Durante sua fala, Bolsonaro expressou sua indignação, afirmando: “Não roubei cofres públicos, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso é o símbolo da máxima humilhação do nosso país. Uma pessoa inocente.” Ele reforçou sua confiança na “lei de Deus” e destacou a gravidade das medidas que estão sendo tomadas contra ele.
O ex-presidente fez essas declarações após uma reunião convocada pelo Partido Liberal (PL), que contou com a presença de mais de 50 deputados e dois senadores, além de representantes de outros partidos, como Republicanos, PP, PSD, União Brasil e Novo. O encontro, organizado pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), teve como objetivo discutir as recentes decisões do STF e a operação da Polícia Federal (PF) que teve Bolsonaro como um dos alvos.
Durante a reunião, Cavalcante anunciou a formação de três comissões que atuarão na articulação da oposição às medidas contra Bolsonaro. A primeira será responsável pela comunicação dos parlamentares, liderada por Gustavo Gayer (PL-GO). A segunda se concentrará em mobilizações internas no Congresso, sob a direção de Cabo Gilberto (PL-PB). A terceira comissão terá como foco ações externas para “dar voz ao ex-presidente”, coordenada por Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Trovão (PL-SC).
A situação de Bolsonaro levanta questões sobre a relação entre o ex-presidente e as instituições brasileiras, em um momento em que os desdobramentos legais e políticos continuam a impactar o cenário nacional.
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