
Por Lusmar Barros, Blog Folha do Araripe –
25 de julho de 2025
O cenário político em Pernambuco se intensifica à medida que as eleições de 2026 se aproximam. A governadora Raquel Lyra (PSD) enviou um recado direto ao grupo de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) durante um evento em Ouricuri, onde entregou mais de mil títulos de propriedade. A mensagem foi clara: aqueles que tentam criar obstáculos ao desenvolvimento do estado estão apenas atrasando o inevitável progresso.
Raquel Lyra: Uma Governadora em Movimento
Raquel, ao lado de deputados governistas, enfatizou a determinação de seu governo em manter o foco nas ações que beneficiam a população. “Tirar da frente quem atrapalha o desenvolvimento é uma prioridade”, declarou. Essa postura enérgica pode ser vista como uma tentativa de consolidar sua posição à frente da corrida pela reeleição em um cenário cada vez mais competitivo.
João Campos e a Aliança com Lula
Paralelamente, João Campos, presidente nacional do PSB e prefeito do Recife, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Minas Gerais. O almoço teve como foco não apenas o apoio à sua candidatura ao governo de Pernambuco, mas também a ambição de ser o único candidato de Lula no estado. Campos argumenta que a relação histórica entre o PSB e o PT, juntamente com a memória de seu pai, Eduardo Campos, pode fortalecer sua posição.
No entanto, Lula ainda considera a possibilidade de apoiar mais de um candidato em Pernambuco, o que poderia incluir uma aliança com Raquel Lyra. Essa dualidade de palanques representaria uma estratégia arriscada, mas potencialmente eficaz, em um estado onde a polarização política é evidente.
O Papel do PL e a Polarização em Pernambuco
Diante desse quadro, o PL aguarda definições nacionais para poder fazer articulações em Pernambuco. “Hoje, a eleição se encontra polarizada em Pernambuco com João e Raquel, e a gente tem que analisar o que é…”, afirmou um representante do partido, destacando a necessidade de uma estratégia bem definida para enfrentar os dois principais candidatos.
Historicamente, Pernambuco é um reduto da esquerda, tendo tido poucos governos de direita, incluindo o atual do PSD, sob o comando de Raquel Lyra. Essa realidade coloca o PL em uma posição desafiadora, já que a luta por espaço e relevância em um cenário dominado por forças progressistas requer uma abordagem cuidadosa e bem articulada.
A Oposição Bolsonarista em Pernambuco
A pergunta que paira no ar é: quem será o candidato a governador alinhado com a oposição bolsonarista em Pernambuco? Com a ascensão de Raquel e a forte articulação de João Campos, as forças conservadoras do estado precisam encontrar uma figura que possa unir a oposição e desafiar a hegemonia dos dois grupos principais.
Vários nomes estão sendo cogitados, mas, até o momento, ainda não surgiram candidatos com a mesma capacidade de mobilização e reconhecimento que Raquel e Campos possuem. O desafio será encontrar um candidato que consiga agregar e representar as diversas vertentes da oposição, especialmente em um contexto onde a figura de Bolsonaro ainda tem peso nas preferências eleitorais.
Conclusão
O clima político em Pernambuco está em ebulição, com Raquel Lyra e João Campos preparando-se para uma disputa acirrada. Enquanto um busca consolidar seu governo e a reeleição, o outro tenta se posicionar como a única voz de Lula no estado. A eleição de 2026 promete ser um campo de batalha complexo, onde alianças, rivalidades e a vontade popular serão testadas ao máximo. Acompanhar os desdobramentos dessa disputa será fundamental para entender o futuro político de Pernambuco e do Araripe.
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