
30/07/2025
Brasil Pode Enfrentar Sanção Mais Dura dos EUA por Relações Comerciais com a Rússia
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Senadores alertam para riscos de penalidade mais grave além do tarifaço; governo destaca dependência de fertilizantes
Além do recente tarifaço, o Brasil pode enfrentar uma nova e ainda mais severa sanção econômica por parte dos Estados Unidos, relacionada ao comércio com a Rússia. A possibilidade foi levantada por senadores brasileiros que participaram de encontros com autoridades americanas para discutir as novas tarifas de exportação.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) destacou a gravidade da situação durante uma coletiva com jornalistas nesta quarta-feira (30):
“Há outra crise pior que pode nos atingir em 90 dias.”
Segundo ele, parlamentares norte-americanos, tanto republicanos quanto democratas, foram enfáticos ao declarar que estão prestes a aprovar uma legislação que imporá sanções automáticas contra qualquer país que mantenha relações comerciais com a Rússia:
“Tanto republicanos quanto democratas foram firmes ao dizer que vão aprovar uma lei que vai criar sanções automáticas para todos os países que fazem negócios com a Rússia.”
Dependência de fertilizantes coloca o Brasil em posição vulnerável
O Brasil está particularmente exposto a essas novas sanções devido à sua forte dependência da importação de fertilizantes russos. O país é um dos maiores compradores mundiais desse insumo essencial para o agronegócio brasileiro.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, ressaltou essa vulnerabilidade ao comentar sobre as negociações:
“Se nós vamos ser próximos, espero que não. Nós temos um agronegócio potentíssimo e nós temos dependência, praticamente 100%, de fertilizantes. Não tem fertilizante no anúncio classificado de nenhum jornal. O fertilizante falta no mundo inteiro, não está sobrando.”
Tarifa recente contra Índia aumenta pressão
No mesmo dia, o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre produtos da Índia, uma medida interpretada como uma “multa” devido ao comércio daquele país com a Rússia. Isso acende um alerta ainda maior sobre o que pode estar reservado ao Brasil.
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