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A viabilidade da instalação de um porto seco na região entre Trindade e Araripina-PE é um tema complexo que envolve aspectos técnicos, econômicos e estratégicos. Embora a ideia inicial de um porto seco, ou Estação Aduaneira do Interior (EADI), seja atrativa, a realidade do mercado e as condições locais apresentam desafios significativos.
Desafios do Porto Seco
1. **Demanda Insuficiente para Exportação**:
– A produção do polo gesseiro na região não gera volume suficiente para justificar a criação de um porto seco voltado exclusivamente para exportações.
– Atualmente, a região exporta principalmente para a América do Sul, e a concorrência com países como a Espanha é intensa.
2. **Autorização da Receita Federal**:
– A Receita Federal exige um volume mínimo de operações para autorizar a instalação de um porto seco. Um único vagão de trem por mês não é viável.
Proposta do Projeto CLIAN
Diante das dificuldades, propõe-se o projeto CLIAN (Centro Logístico Industrial Aduaneiro), que visa:
1. **Criação de um Distrito Industrial**:
– Estabelecer uma grande área para o despacho de diversas mercadorias, não apenas voltadas para exportação, mas também para o mercado interno.
– Atração de indústrias de diferentes segmentos, criando um ambiente propício para investimentos.
2. **Incentivos Fiscais**:
– Oferecer vantagens como isenção de impostos para atrair empresários, semelhante ao modelo da Zona Franca de Manaus.
– Fomentar um ambiente industrial que possibilite o crescimento econômico regional.
O Blog entrevista Daniel Torres, Presidente da ADESA

Daniel Torres presidente da ADESA