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Brasília, 1º de outubro de 2025 – Em um pronunciamento que pegou o país de surpresa na tarde desta quarta-feira, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, revelou que o Exército Brasileiro enfrenta uma situação alarmante: os estoques de combustível estão suficientes apenas para os próximos 30 dias, enquanto as reservas de munição podem se esgotar em menos tempo, possivelmente antes desse prazo. A declaração, feita durante uma coletiva de imprensa no Ministério da Defesa, expõe vulnerabilidades logísticas que podem comprometer a capacidade operacional das Forças Armadas em cenários de defesa nacional ou missões de apoio.
“Estamos em um momento de extrema seriedade. Nossos estoques de combustível para veículos e aeronaves militares estão projetados para durar exatamente 30 dias em condições normais de operação. Quanto à munição, a situação é ainda mais delicada: dependendo do ritmo de consumo, poderemos enfrentar escassez em menos de um mês”, afirmou o ministro, com tom grave e visivelmente preocupado. Múcio Monteiro enfatizou que a revelação não visa alarmar a população, mas sim mobilizar ações urgentes do Congresso Nacional e do governo federal para reabastecimento imediato.
A coletiva foi convocada de forma emergencial, após reuniões internas que avaliaram relatórios de inteligência logística. De acordo com fontes do ministério, a escassez resulta de uma combinação de fatores: atrasos em contratos internacionais de suprimentos, impactos da inflação global em commodities como petróleo e metais para produção de munições, e cortes orçamentários acumulados nos últimos anos. O Brasil, que depende em grande parte de importações para esses itens estratégicos, viu seus estoques se deteriorarem mais rapidamente devido a exercícios militares intensos realizados no primeiro semestre de 2025, incluindo simulações de defesa da Amazônia.
O ministro não poupou críticas ao cenário político. “Não podemos mais adiar investimentos em autossuficiência. O Exército, que é o pilar da soberania nacional, não pode ser refém de burocracias ou de uma visão miope do orçamento da defesa”, disparou Múcio, dirigindo-se indiretamente ao presidente da República e aos líderes do Legislativo. Ele anunciou que o governo enviará ao Congresso, ainda esta semana, um projeto de lei complementar para liberação emergencial de R$ 2 bilhões destinados à aquisição de combustível e munições, com foco em parcerias com a Petrobras e indústrias nacionais de defesa.