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O duelo sul-americano de alto calibre entre Racing Club e Flamengo, pela partida de volta das semifinais da Copa Libertadores 2025, segue empatado em 0 a 0 aos 39 minutos do primeiro tempo – um placar que mantém o Mengão com a vantagem mínima de 1 a 0 no agregado (graças ao gol solitário de Jorge Carrascal na ida, no Maracanã). Sob os holofotes de um Estádio Presidente Perón lotado e fervendo com cerca de 55 mil vozes azuis e brancas, a “Academia” pressiona em casa, mas esbarra na solidez rubro-negra. O jogo, que começou com 20 minutos de atraso devido a problemas logísticos no deslocamento do ônibus do Flamengo (provocados por mudanças de rota impostas pela polícia argentina), é um verdadeiro xadrez tático: intensidade argentina contra pragmatismo brasileiro.

Desde o apito inicial às 21h50 (horário local), o Racing, treinado por Gustavo Costas, adotou uma postura ofensiva inevitável – afinal, precisa de pelo menos um gol para forçar a prorrogação ou virar o confronto. Os donos da casa, com uma escalação ofensiva que inclui Adrián Martínez na frente e o motor de Santiago Solari no meio, dominam a posse de bola (cerca de 58% até o momento) e criam as melhores chances. Logo aos 3 minutos, Martínez foi flagrado em impedimento após uma infiltração rápida pela esquerda, testando os reflexos da linha defensiva carioca.

O Flamengo, sob o comando de Filipe Luís, responde com contra-ataques letais: aos 5′, após escanteio rival, Jorge Carrascal (o herói da ida) arriscou de fora da área, mas mandou por cima, para alívio da torcida local.
O meio-campo é o palco das batalhas mais ferozes. Alex Sandro, ex-Juventus e agora zagueiro rubro-negro, brilha no duelo físico contra Solari, anulando jogadas perigosas e distribuindo bolas para os alas. Do lado argentino, o volante Juan Nardoni dita o ritmo, mas sofre com a marcação cerrada de Gerson e Allan, que protegem o setor com maestria. Aos 15′, um escanteio de Roger Quispe quase abriu o placar: a bola desviou na marcação e passou raspando a trave de Rossi, o goleiro flamengo que, até agora, é mera testemunha de um jogo truncado. O Flamengo, fiel à sua estratégia de esperar o erro, quase surpreendeu aos 28′ com Pedro isolado na área – mas o centroavante parou na intervenção providencial de Leonardo Sigali.
