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Araripina, PE – 27 de setembro de 2025 – Uma ação conjunta entre a Polícia Civil de Pernambuco e a Patrulha Ambiental Itinerante resultou no resgate de cerca de 216 aves silvestres no último dia 24 de setembro, por volta das 7h15, na Delegacia de Polícia Civil de Araripina, no Sertão pernambucano. O caso, que envolveu perseguição veicular e tráfico ilegal de fauna, reforça o combate ao comércio predatório de animais silvestres na região.
Tudo começou com uma ligação do delegado Waldo Saraiva, lotado na unidade policial local, para um dos agentes da Patrulha Ambiental Itinerante. Ele relatou a presença de pássaros silvestres em um ambiente suspeito no entorno da delegacia. Diante da denúncia, o patrulheiro Marquel Jacob, acompanhado de outros agentes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (CPRH), dirigiu-se imediatamente ao local para averiguação.
Ao chegarem, a equipe deparou-se com um veículo Fiat Uno, cujo condutor apresentava atitudes suspeitas. Quando solicitado a parar, o homem ignorou a ordem policial, iniciando uma perseguição pelas vias de Araripina. Após manobras arriscadas, o motorista finalmente cedeu e estacionou o carro. No interior do veículo, os agentes encontraram as 216 aves silvestres, presas em condições precárias, prontas para serem comercializadas ilegalmente.
O infrator foi detido no local e conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Araripina para as devidas providências legais. As aves, espécies nativas da fauna brasileira e protegidas por lei, foram resgatadas com urgência para evitar maiores sofrimentos. A Patrulha Ambiental Itinerante, em coordenação com a CPRH, transportou os animais até a cidade de Crato, no Ceará, onde receberam triagem inicial e os primeiros atendimentos veterinários.
Marquel Jacob Patrulha Meio Ambiente Araripina-PE
De acordo com informações da equipe, as aves seguirão para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) Tangará, vinculado ao IBAMA e à Secretaria de Meio Ambiente de Pernambuco, na capital Recife. Lá, passarão por reabilitação completa antes de serem devolvidas à natureza ou realocadas em centros de preservação, dependendo de seu estado de saúde.
“Essa operação demonstra o compromisso das forças de segurança e ambientais em proteger nossa biodiversidade. O tráfico de animais silvestres é um crime grave, que não só ameaça espécies em extinção, mas também desequilibra o ecossistema regional”, afirmou o patrulheiro Marquel Jacob, em contato com nossa reportagem. Ele destacou a importância da parceria entre Polícia Civil e CPRH, que tem sido fundamental para ações rápidas como essa.
O caso está sob investigação da Delegacia de Araripina, que apura possíveis ramificações do esquema de tráfico. O condutor do Fiat Uno responderá por crimes ambientais, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998), com penas que podem chegar a até um ano de detenção, além de multa.
