Lar Mundo Retirada em Massa na ONU: Mais de 50 Nações Protestam Contra Discurso de Netanyahu Sobre Gaza

Retirada em Massa na ONU: Mais de 50 Nações Protestam Contra Discurso de Netanyahu Sobre Gaza

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MUNDO – 27 de setembro de 2025

Em um dos momentos mais tensos da 80ª Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York na sexta-feira (26), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu subiu ao púlpito para defender as operações militares em Gaza, mas foi recebido por uma saída em massa de delegações de mais de 50 países. A ação, que deixou o salão quase vazio, foi um protesto coordenado contra as políticas de Israel no conflito em Gaza, onde, segundo a ONU, mais de 41 mil palestinos já perderam a vida desde outubro de 2023. Netanyahu, inabalável, prometeu “terminar o trabalho” contra o Hamas e criticou duramente nações ocidentais por reconhecerem o Estado palestino, chamando a medida de “insanidade” e “recompensa pelo assassinato de judeus”. O episódio destacou o isolamento crescente de Israel no cenário global, com aliados como EUA e Reino Unido permanecendo no local.
A lista de nações confirmadas que se retiraram inclui uma ampla coalizão de países muçulmanos, africanos e europeus, instigada pela missão da Autoridade Palestina na ONU, que convocou líderes a boicotarem o discurso em solidariedade aos palestinos. Entre os confirmados estão Irã, Turquia, Jordânia, Catar, Paquistão, Argélia, África do Sul, Indonésia, Irlanda, Líbano, Noruega, Espanha, Grécia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Namíbia, Tunísia e Bangladesh – embora haja relatos contraditórios sobre os EAU, que teriam se reunido com Netanyahu em separado, sugerindo nuances diplomáticas. Outros participantes identificados em relatos incluem Brasil, Chile, México, Bélgica, Eslovênia, Botsuana e Nova Zelândia, totalizando mais de 100 diplomatas em um gesto de repúdio às ações israelenses, descritas por críticos como “genocídio” em investigações recentes da ONU e do Tribunal Internacional de Justiça. A coordenação prévia reflete a pressão internacional crescente, com 157 dos 193 membros da ONU já reconhecendo a Palestina como estado independente, incluindo recentes adesões de França, Canadá e Austrália.
No discurso, transmitido por alto-falantes ao longo da fronteira de Gaza para alcançar diretamente os palestinos e líderes do Hamas, Netanyahu exibiu mapas de ataques israelenses contra proxies iranianos no Líbano, Síria e Iêmen, e apelou pela libertação de reféns mantidos pelo grupo militante. Ele elogiou o presidente americano Donald Trump por sua postura contra o “antissemitismo” nos EUA e anunciou avanços em negociações de paz com Síria e Líbano, mas ignorou mandados de prisão expedidos pelo Tribunal Penal Internacional contra si mesmo por supostos crimes de guerra. Fora do salão, cerca de 2 mil manifestantes marcharam de Times Square até a sede da ONU, ecoando os gritos de “vergonha” ouvidos dentro do plenário. Líderes como o aiatolá Ali Khamenei, do Irã, celebraram o ocorrido nas redes sociais, chamando Israel de “regime mais odiado e isolado do mundo”.
O incidente reacende debates sobre a relevância da ONU em meio a crises humanitárias, com vozes nos EUA, como o comentarista Mark Levin, defendendo a saída do país da organização e a criação de um novo bloco de “nações livres e morais”. No Brasil, o Itamaraty confirmou a participação na retirada, alinhando-se à tradição de defesa dos direitos palestinos, enquanto eventos semelhantes ocorreram em assembleias anteriores de Netanyahu, em 2024. Para a comunidade do Araripe, onde diálogos inter-religiosos são comuns, o episódio serve como alerta para a polarização global. A Folha do Araripe continuará monitorando atualizações, pois mais detalhes sobre a lista de participantes devem emergir nos próximos dias. A diplomacia, mais do que nunca, clama por ações concretas em vez de gestos simbólicos.

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