Retomada das Obras da Transnordestina: Um Marco para o Desenvolvimento do Nordeste

Por Lusmar Barros, Blog Folha do Araripe

26 de setembro de 2025

A retomada das obras da Ferrovia Transnordestina em Pernambuco, anunciada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, no último dia 24 de setembro, reacende as esperanças de um projeto que promete transformar a infraestrutura e a economia do Nordeste brasileiro. Paralisada por mais de uma década, a ferrovia, que corta o coração de Pernambuco, ganhou novo fôlego com a publicação do edital para o lote SPS-4, trecho de 73 quilômetros entre Custódia e Arcoverde. Com um investimento de R$ 200 milhões, a obra é um passo decisivo para conectar o interior nordestino aos grandes centros econômicos do país.

Um Projeto Estratégico para o Nordeste

A Ferrovia Transnordestina, com seus 473 quilômetros planejados em Pernambuco, dos quais 179 já estão concluídos (38% do total), é muito mais do que uma obra de infraestrutura. Considerada uma prioridade pelo Governo Federal, ela é um vetor de desenvolvimento regional, capaz de impulsionar a economia local e gerar empregos. A ferrovia facilitará o escoamento de produtos agrícolas, minerais e industriais, conectando o interior do Nordeste a portos e outras regiões do Brasil, reduzindo custos logísticos e aumentando a competitividade.

O trecho entre Custódia e Arcoverde, agora em foco, é estratégico por sua localização, integrando áreas de grande potencial econômico. A obra não apenas cria empregos diretos durante sua execução, mas também prepara o terreno para novos negócios, atraindo investimentos e promovendo o crescimento de cidades ao longo do trajeto. “Os municípios precisam estar prontos para o impacto econômico e logístico que a Transnordestina trará”, destacou o ministro Renan Filho durante o anúncio, em reunião com prefeitos da região.

Benefícios para Pernambuco e o Nordeste

A retomada das obras representa uma vitória para Pernambuco, que há anos aguardava a continuidade do projeto. A ferrovia é vista como um motor de transformação social e econômica, com potencial para reduzir desigualdades regionais. Ao conectar o interior aos grandes mercados, a Transnordestina pode fortalecer setores como a agricultura familiar, a mineração e a indústria, além de melhorar a mobilidade de bens e pessoas.

A interconexão com outras ferrovias nacionais também é um diferencial. A Transnordestina será um elo essencial na malha ferroviária brasileira, facilitando o transporte de cargas para portos como Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará. Essa integração promete aumentar a eficiência logística e atrair investimentos para o Nordeste, uma região historicamente marcada por desafios de infraestrutura.

Desafios e Expectativas

Apesar do otimismo, a retomada das obras também traz desafios. A preparação dos municípios para absorver o impacto econômico exige planejamento, com investimentos em capacitação profissional, infraestrutura urbana e serviços públicos. Além disso, a conclusão do trecho depende da execução eficiente do edital pela Infra S.A., com prazos e qualidade que atendam às expectativas.

A população local, no entanto, já celebra a notícia. “É uma obra que vai mudar a vida da gente aqui. Vai trazer emprego, movimento e esperança”, comenta Maria José, comerciante de Custódia. A expectativa é que a ferrovia não apenas impulsione a economia, mas também fortaleça a identidade do interior pernambucano como um polo de desenvolvimento.

Um Futuro em Trilhos

Com a retomada das obras da Transnordestina, Pernambuco e o Nordeste dão um passo importante rumo à modernização de sua infraestrutura. O projeto, que por anos ficou apenas no papel, agora ganha contornos reais, com potencial para transformar a realidade de milhares de pessoas. A conclusão do trecho Custódia-Arcoverde é apenas o começo de uma jornada que promete conectar o Nordeste ao futuro, trazendo progresso, empregos e novas oportunidades para a região.

Por Lusmar Barros, para o Blog Folha do Araripe.