Araripina (PE) – A Câmara Municipal de Araripina deu início aos seus trabalhos com debates acalorados entre a oposição e a situação, marcando um clima de tensão política no município. O centro das discussões foi a gestão do ex-prefeito e a aprovação de um empréstimo de R$ 50 milhões durante seu mandato que até hoje rende.
O vereador Sebastião Dias, líder da oposição, iniciou os debates com apoio à gestão anterior, reconhecendo a excelência em alguns aspectos. Ele apontou que a maioria dos vereadores, incluindo alguns da oposição (com exceção de João Dias, ex-vereador, e Francisco Edvaldo, atual presidente da Câmara), vereadores votaram a favor do empréstimo, o que, segundo ele, demonstra falta de coerência e comprometimento com a oposição. Dias alegou que o empréstimo iria “engessar” o município e afirmou que alguns vereadores “passarem a mão na cabeça” do ex-prefeito, em não levantar a voz quando preciso, citando também a continuação da mesma empresa de limpeza pública na nova gestão, aqual estava desde o início do mandato de Pimentel. Ele defendeu a necessidade de transparência e a apresentação dos fatos à população.
Em resposta, o vereador Evandro Delmondes, da situação, rebateu as críticas de Sebastião Dias, acusando-o de utilizar “meias verdades” em seu discurso. Delmondes argumentou que as obras de maior impacto da gestão anterior foram aceleradas nos dois últimos meses de seu mandato, e que o “centrismo” do ex-prefeito contribuiu para sua derrota nas urnas. Ele destacou ações da atual gestão, como a coleta de quase 200 toneladas de lixo de uma unidade de transbordo, melhorias na iluminação pública, desobstrução do canal São Pedro, renovação da frota de veículos da educação e a retomada da parceria com a Polícia Militar para segurqança pública. Delmondes contrapôs o discurso “empolgado” da oposição com a demonstração de resultados concretos da atual administração.
Delmondes também questionou a ausência de uma usina de energia prometida por um projeto apresentado anteriormente por eles quando situação, afirmando que a obra reduziria as despesas do município, o qual ainda questionou “cadê a Usina”?. Ele criticou a postura do vereador da oposição, sugerindo que seu sucesso eleitoral dependia mais de um único indivíduo do que de seu trabalho diante da população.
O vereador Bobinha, também da situação, lamentou a falta de acesso às informações da gestão anterior que não tinha, mesmo tendo feito parte dela, e destacou a dinâmica da política, onde “uma hora estamos por cima, outra por baixo”.
Os debates acalorados entre situação e oposição demonstram a polarização política em Araripina e prometem um ano legislativo marcado por intensas discussões sobre a gestão municipal. A população acompanha atentamente os desdobramentos, aguardando esclarecimentos sobre as questões levantadas e a apresentação de soluções para os desafios do município.
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